FETEC 2024: Feira de Ciências e Tecnologias reúne estudantes e pesquisadores na UFMS
Nesta segunda-feira, 21 de outubro, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) dá início à Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (FETEC MS 2024), o evento reúne mais de 500 expositores e estudantes de diversas regiões para apresentar projetos inovadores em ciência e tecnologia. O local que está ocorrendo o evento na Cidade Universitária da UFMS é no Ginásio de Esportes Eric Tinoco Marques, conhecido como Moreninho. O público alvo da FETECMS 2024 é composto por estudantes, professores, pesquisadores e entusiastas das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e inovação que passam dos dias 21 a 23 de outubro no Moreninho. O evento é protagonizado por participantes de escolas públicas e privadas, desde o 4º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio e técnico. Além disso, há a participação de universitários, profissionais da área e comunidades científicas, com o objetivo de aproximar o público acadêmico e educacional das práticas de pesquisa e inovação tecnológica. Neste ano, a FETEC-MS escolheu como tema central o lema: “Vocês são as raízes que sustentam a ciência”.
Os alunos Anna Vitória Ghizarde, Ezequiel Chagas da Silva e Thomas Ryulti Sumida, Orientado pelo professor Rodrigo Nunes da Escola Estadual Amélio de Carvalho Baís apresentam o projeto “Visão Além das Palavras: Construção de Modelos táteis para explorar o ensino de Biologia”. Historicamente, o processo de inclusão educacional dos estudantes que possuem cegueira total ou baixa visão, foi protagonizado pelo preconceito e discriminação, que fizeram esses alunos serem excluídos de seus direitos. “A educação legitima a desigualdade” é uma das frases citadas pelo filósofo francês Pierre Bourdieu, que baseou o processo teórico da pesquisa na análise da garantia de uma educação equitativa.
O projeto está inserido na área de Ciências Biológicas e promove o desenvolvimento de materiais didáticos adaptados e inclusivos no ensino da Biologia para os alunos que possuem cegueira total e com baixa visão. Os pesquisadores realizaram encontros individuais e coletivos entre os meses de Outubro e Dezembro do ano passado, a fim de discutir quais referências bibliográficas seriam utilizadas como material de apoio do projeto.
Em fevereiro deste ano foi discutido quais materiais seriam usados para garantir maior segurança do aluno, a alternativa encontrada foi utilizar isopores, massa de biscuit e papel EVA. A análise foi realizada a partir de um teste com um aluno de baixa visão junto com o professor Rodrigo Nunes e a professora auxiliar, que orientaram o estudante a diferenciar as texturas e interpretar quais são as organelas e as células que estavam compostas no trabalho.
“É fundamental que todos os alunos tenham acesso ao conhecimento de forma igualitária, com iniciativas que ajudem a contribuir muito mais do que imaginamos”, afirmou o estudante Ezequiel Chagas da Silva.
Repórter Júnior: Lohainy Goz Blanco

