Veterinários criam grupo no WhatsApp para identificar doenças subnotificadas em rebanhos
Na manhã desta Sexta-feira (25) ocorreu o evento Integra 2024, um projeto de Ciências, Tecnologias e Empreendedorismo, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) dentro do ginásio de esportes Eric Tinoco Marques (Moreninho). Um dos projetos encontrado por lá foi da estudante de Medicina Veterinária Maisa Lima Negreli, de 21 anos. Esse trabalho tem como objetivo analisar as doenças dentro das produções de fazendas, através de um grupo no WhatsApp.
“Geralmente acontecem muitos casos de mortes causadas por doenças infecciosas, com esse contato entre o produtor e o veterinário, conseguimos ter o cessamento prévio dessas doenças”, comenta a estudante.
Para coleta de dados utilizou-se a metodologia anteriormente descrita em estudos semelhantes, realizados no LAP-FAMEZ. Foram enviados casos com auxílio do envio de imagens e vídeos, e informações. Com base nessas mídias, os casos foram enquadrados em suspeitas clínicas dos veterinários externos ao LAP-FAMEZ e síndromes clinicas identificadas pela equipe do LAP-FAMEZ.
Durante o período de estudo, foram realizados 100 contatos no WhatsApp, dos quais 41 resultaram no envio de materiais ao laboratório e em 59 houve apenas o contato, sem um envio de material para exames laboratoriais. Destes 59 casos, 15 não tiveram o envio de qualquer de mídia. Nos 44 casos em que houve envio de imagens e vídeos, foi possível a elaboração de alguma suspeita clínica, ou então o enquadramento do material em algum tipo de síndrome.
Outro fato importante que foi concluído com a pesquisa é que na maioria dos casos, os animais manifestavam sinais compatíveis com síndromes neurológicas.
Repórter Júnior: Débora Coelho