Karaokê: Desafios ao se expressar em público

Postado por: Mylena Rocha

A oficina de karaokê ministrada por estudantes da UFMS, realizada na tarde do dia 23 de outubro de 2025, ofereceu aos inscritos a oportunidade de cantar a música que quisessem. No entanto, nem todos participaram — e o vilão por trás disso pode, na maioria das vezes, ser a timidez ou a insegurança.

Segundo o artigo “Public-Speaking Fears in a Community Sample: Prevalence, Impact on Functioning and Diagnostic Classification” (2000), cerca de um terço das pessoas que relatam ansiedade excessiva em público podem sofrer não apenas impactos psicológicos, mas também fisiológicos, o que interfere em suas funções diárias e vida social. Enfrentar tudo isso não é sobre cantar de uma forma que agrade a todos, mas sobre vencer os próprios medos e aceitar a própria voz — mesmo que ela desafine.

Esses traços de comportamento social podem surgir do medo de ser julgado pelos outros, da baixa autoestima e da falta de confiança — fatores essenciais para o cotidiano e que precisam ser desenvolvidos em cada indivíduo. O karaokê pode ser uma ferramenta poderosa nesse processo. Por meio dele, é possível treinar maneiras de se expressar em público, controlar o medo e minimizar a vergonha.

Por experiência própria nesta oficina, posso dizer que é algo difícil: o medo de ser julgado ou desrespeitado é quase sufocante. Mas, ao enfrentar esse medo de frente, a possibilidade de transformá-lo em algo pequeno é enorme.

Texto: Marco Antônio Lopes (Repórter Júnior)

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