Serviços de polinização e dispersão por morcegos do Planalto da Bodoquena
Essenciais para o ecossistema, dentre os mamíferos, os morcegos são o grupo que apresenta a maior variedade quanto à sua dieta.
Nessa linha, a estudante de Ciências Biológicas Carolina Barbosa de Souza estudou os morcegos que dependem de plantas para sua alimentação, sejam eles os nectarívoros e frugívoros, apresentando no Integra o trabalho “Serviços de polinização e dispersão por morcegos do Planalto da Bodoquena em Mato Grosso do Sul”, orientado por Erich Arnold Fischer (Inbio).
“Os morcegos são essenciais para a floresta, sem eles, provavelmente, a natureza não conseguiria sobreviver porque desempenham papéis muito importante para a manutenção dos serviços ecológicos como a polinização e a dispersão de sementes”, explica Carolina.
Apesar de os morcegos apresentarem essa importância ecológica, devido aos serviços que prestam para a natureza, diz a acadêmica, estudos sobre a ecologia da polinização e dispersão de sementes e a abundância desses indivíduos que realizam essas atividades são inexistentes no estado para a região do Planalto da Bodoquena.
“O objetivo do trabalho foi identificar as espécies de plantas visitadas pelos morcegos e também as espécies de morcegos visitantes de flores e frutos na região”, expõe.
Amostragem de 2014 a 2019 apontou que oito espécies de morcegos apresentaram sementes em suas fezes, tendo sido identificadas 38 tipos de sementes. Também capturaram três espécies de morcegos que continham grãos de pólen (quatro tipos diferentes) em suas fezes.
“Os morcegos filostomídeos da região da Serra da Bodoquena são majoritariamente frugívoros que desempenham função de dispersores de sementes, porém, são relativamente menos frequentes como polinizadores. Os resultados evidenciam como morcegos e plantas dependem uns dos outros, existe uma relação muito estreita entre esses dois grupos”, conclui.
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Texto e imagem: Paula Pimenta


