Entre guloseimas e telas: comportamento alimentar de adolescentes de Campo Grande
O excesso de peso cresce no Brasil em todas as faixas etárias e isso acontece também na faixa dos 10 aos 19 anos, em especial pelos fatores de risco como sedentarismo e alimentação inadequada.
Essa constatação é feita pela acadêmica de Nutrição Fabiane Neiva, que no Integra apresentou o trabalho “Entre guloseimas e telas: comportamento alimentar de adolescentes de Campo Grande, MS”, orientado pela professora Osvaldinete Lopes de Oliveira Silva (Facfan).
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o comportamento alimentar entre adolescentes de Campo Grande (MS).
“Este é um estudo transversal, descritivo, que faz parte das ações da Liga Acadêmica Multidisciplinar em Saúde do Adolescente da UFMS. Foi uma mostra por conveniência que envolveu estudantes de uma escola estadual e um projeto social. Foi utilizado um questionário de frequência alimentar adaptado para pesquisar justamente sobre o consumo de alimentos considerados não-saudáveis, como refrigerantes e guloseimas”, explica a estudante.
Na pesquisa também foi averiguado se esses adolescentes realizavam as refeições com os responsáveis, qual o consumo de água, atividade física e quais telas eles consumiam, como celulares, tablets e televisão. Os adolescentes foram pesados e tiveram a altura conferida para a classificação de IMC.
Foram acompanhados 43 estudantes, entre 11 a 18 anos, sendo 60,5% do feminino e 39,5% do masculino. Pelo menos 32,5% dos adolescentes apresentaram excesso de peso, sendo maioria no sexo masculino.
Os resultados apontaram que o consumo frequente de fast food é baixo, porém mais da metade consome sempre ou quase sempre alimentos ricos em açúcar. Quase um terço consome refrigerantes e embutidos todos ou quase todos os dias. A ingestão hídrica foi abaixo de cinco copos por dia para 46,5% dos adolescentes. A maioria faz refeições com a família e 79,1% realizam atividade física. 81,4% dos adolescentes consomem mais horário de tela do que as duas horas recomendadas, sendo 32,56% mais que dobram esse período e o celular é a tela preferida para 60,5% da amostra.
“De acordo com os pesquisadores, todos os resultados sugerem a adoção de medidas educativas dentro do ambiente escolar que vão garantir que os adolescentes possam crescer com hábitos saudáveis e prevenir as doenças crônicas no futuro”, diz Fabiane.
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Texto: Paula Pimenta


