Índices de violência contra mulheres em Andradina (SP) são analisados em estudo
A pesquisa “Violência contra mulheres em Andradina – SP: um olhar sobre a história e o cenário de ocorrência após a lei Maria da Penha” é fruto do programa de Iniciação Cientifica Voluntária, desenvolvido pela acadêmica Kathiusy Gomes e orientada pela professora Mariana Esteves, iniciada em agosto de 2019.
Segundo a pesquisadora e expositora do trabalho, a pesquisa foi motivada por uma demanda do Conselho Municipal de Mulheres que no ano de 2019 pleiteava uma política pública de combate á violência contra as mulheres.
O presente estudo teve como objetivo analisar o cenário de violência contra a mulher na cidade de Andradina – SP, após a Lei Maria da Penha. Segundo Kathiusy, a escolha da cidade se deu pelos relatos documentais presentes no Núcleo de Documentação Histórico (NDH) Honório de Souza Carneiro, que comprovam a manifestação das mulheres em busca de uma delegacia de polícia especializada no município desde o final da década de 70.
Para análise, foram realizadas três etapas durante o desenvolvimento da pesquisa: reconhecimento da Delegacia de Defesa da Mulher local e coleta de dados dos boletins de ocorrência; classificação e organização das informações em gráficos e por fim, estudo desses, relacionando teoria e prática, a fim de observar as características próprias do município.
As conclusões obtidas ao longo do estudo levaram ao entendimento de que os tipos de crimes no âmbito da violência contra a mulher se modificaram ao longo do tempo, e esse fenômeno ocorreu devido as ampliações e atualizações da Lei Maria da Penha, como a inserção dos crimes de feminicidio. Além disso, a grande divulgação e mediação da lei ocasionou um maior número de denúncias.
Ressaltou a pesquisadora que, ainda existe um longo caminho a ser trilhado. “O cenário de violência local é muito espelhado no cenário nacional. Então a cidade e o país ainda pecam em relação a garantia dos direitos das mulheres, pecam em proteger as mulheres”, ressaltou.
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Texto: Evelyn da Costa Souza (estagiária da agecom no CPTL)


