A sedimentação na Bacia Hidrográfica do Prosa
O processo de urbanização brasileira teve início no século XX, somente na metade do século o Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. Presente em grande parte das capitais do país esse processo de urbanização consiste até hoje. Quando não planejado de forma correta o elevado número de prédios e vias pavimentadas, esse processo de urbanização traz consigo inúmeros empecilhos, dentre eles destacam-se a produção de sedimentos e seu transporte pelos corpos d’água, a piora na qualidade da água e a interferência significativa na vida aquática.
Diante dessa situação, a acadêmica do curso de Engenharia Ambiental, Amanda Silveira de França desenvolveu um estudo pelo projeto de Iniciação Científica sobre “Transporte total de sedimentos em bacia urbana: monitoramento da qualidade ambiental” apresentado no Integra UFMS. O objetivo desse trabalho foi a realização de uma análise percentual referente ao transporte de sedimentos em uma microbacia urbana, o período de análise foi de 2011 a 2019.
“Nossa área de estudo foi a Bacia Hidrográfica do Prosa, localizada na região nordeste de Campo Grande (MS) a qual tem passado por um grande processo de urbanização, nos últimos 30 anos, e apresenta inúmeros pontos de alagamentos em seu perímetro”, explica Amanda.
Para alcançar o objetivo foram utilizados os dados disponibilizados pelo programa municipal “Córrego Limpo, Cidade Viva”, imagens de satélites obtidas pelo software GOOGLE EARTH PRO®, versão 7.3 e para produção de cálculos e gráficos usou o software Excel ®. A partir dos resultados obtidos foi possível analisar a falta de planejamento e manutenção do sistema de drenagem do município.
Durante os estudos, foi constatado que “os problemas hídricos encarados na BPURB são resultados da urbanização feita de forma vertiginosa e sem planejamento, de longo prazo definido. Mesmo com a presença de bacias de infiltração e bacias de sedimentação, a ocorrência das enchentes na região repete incessantemente, sendo necessário novas alternativas. Vale também citar que mesmo com essas sugestões, a manutenção de todo o conjunto deve ser realizada periodicamente para que o sistema continue funcionando” afirma Amanda.
Veja aqui a apresentação do trabalho.
Esse projeto faz parte de vários outros da área de Ciências Sociais Aplicadas apresentados no Integra UFMS 2020 – Live, evento que segue com programação até sexta-feira, dia 9. Para mais informações, acesse integra.ufms.br.
Texto e imagem: Lidiane Antunes – Estagiária da Agecom


