Criminalização da pobreza: impactos nos Direitos Humanos e alternativas criminais
Nesta sexta-feira (25), acontece o encerramento do Integra UFMS 2024, que é o maior evento de Ciências e Tecnologia de Mato Grosso do Sul. O objetivo é compartilhar conhecimento científico desenvolvido na Universidade para a comunidade externa e interna como uma oportunidade de integrar os estudantes e pesquisadores. Localizado no estádio Moreninho, as mostras de projetos científicos estão sendo realizadas dentro da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).
Sabrina Coelho de Campos é uma entre os milhares de estudantes que compartilham suas pesquisas e tem como tema a discussão sobre a injustiça cometida sobre o povo negro, desde a era imperial. “Após o fim da escravidão no Brasil, eles decidiram prender o povo que cometia vadiagem, ou seja, eles prendiam quem não ajudasse no trabalho e quem ficava sem fazer nada”, comenta Sabrina.
A pobreza possui um impacto grande na pena da pessoa, pois, para as pessoas de menor condição financeira e que não possuem acesso a estudo de qualidade, após a entrada para o mundo do crime, é difícil recorrer para o processo de defesa gratuita, que é um direito. “Para uma pessoa branca, um crime poderia levar um ano de prisão, já uma pessoa negra pode ter uma pena de até dez anos de prisão”, compartilha a estudante devido aos preconceitos de raça e classe que permeiam a pobreza no Brasil.
Com a meta de levar ao público a pesquisa acadêmica, Sabrina aborda um tema muito importante para a comunidade negra, seus direitos e a conscientização sobre o impacto da pobreza no crime.
Repórter Júnior: Felipe Pinho