Curso de História do campus de Três Lagoas estará presente no Integra UFMS
O Integra UFMS é o destino de grande parte das pesquisas realizadas nos câmpus da UFMS, por ser a oportunidade de socializar e trocar ideias e resultados alcançados nas pesquisas desenvolvidas e em desenvolvimento. O curso de História em Três Lagoas promove e incentiva os estudantes a pesquisarem e adentrarem o universo disponível das ciências humanas e será no mês de julho, em Campo Grande, que os estudantes apresentarão os frutos desse trabalho contínuo.
A acadêmica Andressa Araújo desenvolve o estudo “Os Cayapó e o imaginário construído: entre a violência e a resistência pelos caminhos do sul ao norte de Mato Grosso (séculos XVIII e XIX)”, orientado pela professora Maria Celma Borges. O objetivo é analisar o possível imaginário construído acerca dos povos originários da etnia Cayapó, assim como seus encontros e desencontros com as administrações colonial e imperial.
A pesquisa estuda fontes sobre os caminhos das monções – relatos de monçoeiros e relatórios de província – que ligavam o sul ao norte do Mato Grosso de 1719 até meados do século XIX. O estudo visa compreender se os Cayapó eram, de fato, guerreiros, perigosos e vingativos ou se parte dessa visão pode ter se dado pela criação intencional de um imaginário que legitimasse o uso de violência contra essa etnia, explica Andressa.
O estudante Marcos Almeida é autor da pesquisa “As relações de trabalho nos campos do sul de Mato Grosso: a Lei de Terras de 1850 e seus impactos na sociedade de Sant’anna do Paranahyba”, vinculada ao Programa de Iniciação Cientifica (PIBIC) e também orientado pela professora Maria Celma.
O projeto visa analisar, por meio de correspondências oficiais entre presidentes da Província de Mato Grosso e os poderes locais, os impactos causados no processo de ocupação das terras em Sant’Anna do Paranahyba após a vigência da Lei de Terras na região. A análise abarca, principalmente, as consequências advindas da lei nas formas de trabalho estabelecidas entre os pobres, livres e fazendeiros, relata Marcos.
O curso de História valoriza a história local e seus impactos sociais. Ambos os estudos analisam minorias que necessitam de destaque e espaço, como a população indígena e pessoas de baixa renda que viviam ao sul de Mato Grosso.
Texto: Evelyn da Costa Souza (estagiária do CPTL) e Gabriele Cássia ( Monitora Integra UFMS).