Aquífero Guarani é analisado sob a ótica da água como direito humano

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A mestre Micaella Carolina de Lucena é egressa do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFMS e recentemente defendeu a tese “O direito humano à água e a responsabilidade internacional compartilhada da proteção dos aquíferos transfronteiriços: o caso do Aquífero Guarani”, dissertação apresentada no Integra UFMS. “Eu trago uma atenção direcionada aos aquíferos transfronteiriços, porque correspondem atualmente a 97% da água doce do planeta, consistindo então numa fonte de abastecimento disponível para toda população”, explica Micaella. A água é estabelecida pela ONU como um direito humano, “contudo a gente ainda observa dificuldades em assegurar a água em quantidade e qualidade suficientes para a sociedade”, afirma. O trabalho analisa a responsabilidade compartilhada da água entre os países que detêm aquíferos, a importância dos princípios gerais de Direito Internacional para proteção dos aquíferos e estuda a gestão do Aquífero Guarani, que abrange quatro países, e representa uma das maiores reservas de água doce do mundo. Foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva, com o método de abordagem dedutivo, e os procedimentos metodológicos adotados são bibliográficos, históricos e documentais. Clique aqui para ver a apresentação do projeto de pesquisa.   Texto: Leticia Bueno  


O sentido de currículo em disputa no Ensino Médio Integral

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Com a implementação de uma reforma no ensino médio no Brasil, muitos questionamentos surgiram a respeito do currículo a ser estabelecido para atuar de forma com que garanta que os estudantes não tenham prejuízo intelectual. Pensando nisso, a acadêmica de história Gabriela Vianna Longhi desenvolveu a pesquisa ‘Escola de ensino médio de tempo integral: os sentidos de currículo em disputa’. O projeto tem como objetivo analisar e identificar quais são os sentidos de currículo em disputa. Para isto, foram feitas leituras e analises de documentos produzidos pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul para a constituição do ensino médio em tempo integral no estado. “Essas leituras foram realizadas ao longo do ano com levantamento e aproximação de textos para compreensão da reforma do ensino médio, e como ela ocorreu, e como ela vem ocorrendo ao longo das duas décadas”, afirma a estudante. A pesquisa é parte de um projeto interinstitucional (UFMS, UEMS, UFGD, IFMS) e em rede (Observatório do Ensino Médio) intitulado “A reforma do Ensino Médio com a Lei 13.415/2017: percursos da implementação nas redes estadual e federal de Ensino Médio do Mato Grosso do Sul” que propõe a análise, e a descrição dos processos que estão em andamento, para a construção do regulamento da reforma do ensino médio.   João Barbosa Marques – Estagiário em Jornalismo


Ciência da Computação detecta hiperônimos com uso de algoritmos

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O hiperônimo é uma das partes da semântica mais comuns na internet. Hiperônimos são palavras de sentido mais genérico, enquanto hipônimo é oposto, ou seja, palavras de sentido mais especifico. Pensando na aplicação de hiperônimos na inteligência artificial, o acadêmico do mestrado em ciência da computação Gabriel Escobar Paes produziu o projeto ‘Detecção de hiperônimos em português’. Para detectar as relações entre hipônimos e hiperônimos o estudante utiliza o DIVE (distributional inclusion vector embedding), um algoritmo não supervisionado para a descoberta de hiperônimos em um corpus. No trabalho foram realizados a implementação do algoritmo DIVE utilizando o framework PyTorch, criação de datasets em português para a avaliação de modelos de descoberta de hiperônimos, coleta de corpus em português para o treinamento do DIVE não supervisionado e a realização e análise de experimentos para verificar a capacidade do DIVE em português. “Fizemos a coleta de um corpus para um treinamento não supervisionado, de textos da Wikipédia, e fizemos experimentos comparando o DIVE com outro algoritmo não supervisionado chamado word2vec, que não é especifico para este tipo de relação. E entre os resultados dos experimentos, concluímos que o DIVE é comparável com word2vec nos datasets mais fáceis, e supera o word2vec nos datasets mais difíceis. Ainda estamos com andamento do uso de uma ferramenta BERT para identificar padrões em palavras”, concluiu.   João Barbosa Marques – Estagiário em Jornalismo


Trabalho apresenta moléculas com potencial inibidor de proteína de bactéria causadora de tumores em animais

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Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências dos Materiais Charlene Avelar apresenta o trabalho “Triagem virtual de moléculas com potencial inibidor da Glutaredoxina A1 de Corynebacterium Pseudotuberculosis”, orientado pelo professor Marcos Serrou do Amaral (Infi). A Corynebacterium Pseudotuberculosis é uma bactéria que causa uma doença infecto contagiosa chamada de Linfadenite Caseosa, responsável por gerar tumores nos animais, principalmente caprinos e ovinos, prejudicando a pele, o leite, carne e podendo levar o animal até a morte. “Uma das formas de eliminar o patógeno é bloquear as enzimas redox, nesse nosso caso a Glutaredoxina A1 é uma das enzimas da bactéria. Então, o objetivo do nosso trabalho é encontrar moléculas que sejam capazes de inibir a atividade dessa proteína. A relevância do nosso trabalho é promover o crescimento econômico evitando as perdas na pecuária”, explica a mestranda. Saiba mais aqui. Texto: Paula Pimenta


Estudante analisa 4º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU

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O trabalho “Educação como potencializador da cidadania: Análise da ODS 4 e sua facticidade”, apresentado no Integra UFMS 2020, visou investigar o quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) presente na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. Este objetivo fala sobre educação, no qual a proposta é assegurar que as pessoas tenham uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade. Para Márcio Cunha Junior, autor do trabalho, este 4º objetivo da agenda apresenta problemas em seus detalhes, como no tópico 4.3, onde pretender assegurar até 2030 a equidade de acesso e permanência à educação profissional e superior de qualidade de forma gratuita. Segundo ele, pode ocorrer um conflito ético, já que o ponto de partida diz que a educação é elemento essencial para o progresso da sociedade. Marcio usa sua justificativa confrontando a Alemanha do século passado, cujo mesmo com um alto nível cultural, protagonizou duas grandes guerras e promoveu o nazismo. “Ainda com ressalvas, a educação é uma aposta positiva, não é uma solução milagrosa, mas contribui na sociedade na medida em que promove a cidadania”, afirmou. Veja aqui a apresentação do trabalho. Texto e imagem: Alex Nantes (estagiário da Agecom)


Projeto “Viva Ovinocultura” auxilia produtores rurais de pequeno e médio porte

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O projeto “Viva Ovinocultura 2019” integra estudantes da graduação, pós-graduação, técnicos e docentes, e transmite conhecimentos sobre a criação de ovinos de maneira simples e sustentável para pequenos e médios produtores. Os universitários envolvidos no projeto participam de ações na UFMS, fazendo com que os criadores de ovinos tenham acesso a informações e resultados de pesquisas desenvolvidas no Setor de Ovinocultura da Fazenda Escola da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez), localizado no município de Terenos. Além das aulas, o local também é aberto a visitações de produtores, o que possibilita melhorias na produção e consequentemente promove a rentabilidade. A apresentação completa do trabalho pode ser conferida aqui. Texto e imagem: Alex Nantes (estagiário da Agecom)


Projeto fomenta reconhecimento e valorização de frutos nativos

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Você sabia que os frutos de uma determinada região dizem muito sobre aquela localidade, seus aspectos geográficos, cultura e até mesmo sobre a economia do lugar? É sobre isso que aborda a pesquisa “A importância dos frutos nativos na valorização do conhecimento tradicional”, das estudantes Maria Luisa Rocha da Silva e Isabella Pereira Gatti, ambas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan). O trabalho surgiu a partir do projeto “Valorização de plantas alimentícias do Cerrado e Pantanal”, que realiza ações de fomento ao reconhecimento de frutos nativos. “O objetivo desse trabalho é narrar as ações produzidas nesse projeto, com a finalidade de promover a segurança alimentar e a agricultura familiar sustentável através da valorização do conhecimento tradicional e aproveitamento integral dos frutos nativos”, explica Maria Luisa. Isabella fala sobre a relevância social do trabalho, considerando que essas ações ajudam na promoção da cultura e coletividade. “A relevância se deve a necessidade de proteção dos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade, pois conhecimentos tradicionais também são manifestações culturais resultantes das vivências, compondo a coletividade”, disse. Ela acrescenta que a importância da valorização desses frutos também se dá, porque muitos são fonte de renda e geram economia para o estado. Dentre as atividades desenvolvidas pelo projeto, estão a divulgação de vídeos e distribuição de cartilhas para a população local, que substituem os encontros presenciais em razão da pandemia de Covid-19, e que se baseiam nas temáticas de oficina de boas práticas de higiene e de qualidade na produção de alimentos. Se interessou? Clique aqui e confira a apresentação na íntegra. Texto e imagem: Gabriela Vilela (estagiária da Agecom)


Mulheres na computação: conheça o projeto ELAS Programando

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“ELAS Programando com o App Inventor” é um projeto de pesquisa das estudantes Thalita Mori de Lima, Clara Giovana Lazarini e Aline Maria Rezende, todas da Faculdade de Computação (Facom). Neste projeto, mulheres auxiliam outras mulheres dentro da área de computação, já que são minoria em números. A orientação da pesquisa é da professora Luciana Montera Cheung e o trabalho faz parte das apresentações desta edição do Integra UFMS, que neste ano de 2020 está sendo realizado totalmente de forma on-line. “Nossos maiores objetivos são apresentar uma nova plataforma para o desenvolvimento de aplicativos e também aumentar a integração entre as meninas e afirmar o potencial das mesmas em programação”, explica Thalita. De acordo com a estudante, o projeto também está alinhado com um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) para alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Ela salienta que o trabalho é voltado principalmente para as estudantes recém-chegadas na Facom. Clara Giovana Lazarini, uma das autoras, explica que o projeto precisou se adaptar ao contexto de pandemia. “Nós tivemos aulas a distância todos os sábados, eu e as meninas dávamos as aulas, tirávamos dúvidas e fazíamos essa integração com as meninas”, conta. “Ao final dessa trajetória, o desafio das meninas era desenvolver um aplicativo onde elas pudessem aplicar todo o conhecimento que receberam durante o curso”, acrescenta Clara. As participantes do ELAS Programando desenvolveram cerca de 17 aplicativos para celular com diversos temas, que vão desde jogos até aplicativos voltados para a saúde. “A nossa expectativa é conseguir fazer com que todas elas continuem com a gente no nosso projeto, se aproximem cada vez mais do mercado de trabalho e se aproximem mais das meninas que já se formaram na Facom ou as que são de outras faculdades, e criem uma conexão com a comunidade de desenvolvedores de Campo Grande”, conclui Aline Maria Rezende. A apresentação na íntegra você pode conferir aqui. Texto e imagens: Gabriela Vilela (estagiária da Agecom)


A importância da inclusão digital no acesso à justiça

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Por meio da Empresa Júnior Aditum e sob a orientação do professor Marcelo Pereira Longo, a pesquisa “A importância da inclusão digital na promoção do acesso à justiça em tempos de pandemia” foi realizada pelas estudantes Beatriz de Almeida Arruda, Jullya Victória Ymafuko e Raylla Nascimento, do curso de Direito do Campus de Três Lagoas. A pesquisa teve como objetivo analisar o uso de tecnólogas digitais para promover o acesso à justiça durante o período de isolamento causado pela Covid-19 e por meio de uma metodologia bibliográfica e documental, foram estudadas as formas de atuação do meio jurídico, como salas de audiência, escritórios de advocacia e tribunais. Os resultados obtidos versaram sobre a já existente inclusão do meio digital no cenário jurídico, que teve de ser intensificada e reinventada na pandemia. Exemplo disso são as possibilidades de submissão de divórcios on-line. “Tornou-se indispensável no mundo jurídico a ampliação das funções e serviços oferecidos on-line para suprir a necessidade da população, a fim de tornar o acesso à justiça mais palpável”, afirma Beatriz. As pesquisadoras ressaltam que tais adaptações só foram possíveis graças a popularização da internet na sociedade brasileira, presente em 80% dos municípios brasileiros. Acesse a pesquisa completa aqui. Texto: Evelyn da Costa Souza (estagiária da Agecom no CPTL)


Alteridade entre literaturas é tema de pesquisa de estudante de Letras

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“A construção do narrador em narrativas escritas por indígenas brasileiros”, trabalho da estudante do sexto semestre de Letras, Ana Luiza Postingher, sob orientação da professora Rosana Zanelato (Faalc), tem como objetivo discutir se existe uma diferença entre os narradores indígenas brasileiros e os narradores da Literatura Ocidental. O conceito usado por Ana Luiza é o de alteridade. A estudante analisou textos escritos por indígenas da etnia Terena, situada no Pantanal sul-mato-grossense. “A relevância da nossa pesquisa é justamente de trazer essas narrativas ameríndias pra dentro da academia, propondo que ao discutirmos as culturas dos povos ameríndios, nós o façamos por meio de narrativas de pessoas pertencentes a esses povos”, defende. Nos resultados da pesquisa, Ana Luiza evidenciou que existe sim alteridade entre essas diferentes narrativas, como por exemplo, a ideia de propriedade do texto. “O que nos pareceu, foi que esses textos são lidos como propriedade da comunidade de que eles fazem parte, como um saber antigo que deve ser compartilhado com quem vai ler os textos ou com quem vai ouvir as histórias”, explica. Ela ressalta que é importante olhar para as diferentes literaturas e enxergá-las como possibilidades. “Todas essas literaturas são possibilidades de escrever, que esses narradores diferentes são possibilidades de narrar e não necessariamente que existe uma regra, que existe um correto e que todo o resto é alteridade”, conclui. A apresentação na íntegra você confere aqui. Texto e imagem: Gabriela Vilela (estagiária da Agecom)


INTEGRA 2023

Realizado desde 2017, o Integra UFMS é o maior evento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo do estado de Mato Grosso do Sul. O objetivo é reunir em um só local o resultado das atividades ligadas a Programa Institucional de Bolsas da Iniciação Científica (Pibic), Programa Institucional de Bolsas da Iniciação à Docência (Pibid), Programa de Educação Tutorial (PET), Extensão Universitária (Enex) e Empresas Juniores da UFMS e a Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetec-MS).

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