Pesquisa une arte e matemática para dinamizar o ensino da Geometria
A acadêmica Kaisa Caroline Costa, estudante de Matemática do Campus de Três Lagoas (CPTL) é integrante do PET – Conexões de Saberes Matemática, que incentiva os estudantes do curso a pesquisarem e realizam atividades inovadoras no campus. A aluna irá representar seu curso na 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), a maior feira científica da América Latina, e no Integra UFMS, maior evento científico do estado. Serão apresentados dois trabalhos relacionados a geometria e arte.
Suas pesquisas se correlacionam e ambas são motivadas pela afinidade da acadêmica com a área de educação matemática e pelo fato de que o ensino de Geometria, desde 1998, tem sido desvalorizado nas matrizes curriculares, gerando enorme descompasso no desenvolvimento dos cursos de Ensino Superior que necessitam do domínio sobre o tema.
Intitulados “Arte e Matemática: Construção de Mosaicos para o ensino da Geometria” e “Oficina de Mosaicos: uma proposta para o ensino de Geometria”, o primeiro projeto, iniciado em 2018, trata sobre a relação de interdisciplinaridade entre arte e matemática como meio para ensinar geometria nas escolas, em uma tentativa de preencher a defasagem deixada pela matéria no Ensino Médio e as consequências acadêmicas do fato, por fim, o projeto propõe como forma de intervenção o uso da interdisciplinaridade entre arte e matemática como meio de ensino.
O segundo estudo trata sobre a aplicação da oficina no Laboratório de Ensino de Matemática (LEM), em que os próprios acadêmicos do curso realizaram a atividade com o objetivo de analisar os ângulos e os lados das peças, a fim de formar os mosaicos a partir da criatividade e ao longo da atividade foram estudados, por meio de perguntas, os conceitos geométricos. Os planos futuros versam sobre levar a oficina para as salas de aula do Ensino Básico.
Para desenvolver o projeto foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre o tema de interdisciplinaridade, arte e matemática, pintores e a origem dos mosaicos, suas aplicações e principais artistas. Posteriormente, Kaisa relatou que entrevistou professores de Educação Artística e professores de Matemática para compreender se haveria a possibilidade de unir tais disciplinas em um contínuo processo de leituras e estudos, e iniciou a confecção dos materiais com EVA.
“Muitos quadros envolvem simetrias, os pintores de antigamente e arquitetos atuais precisam saber noções de matemática para pintar o quadro, confeccionar uma peça e projetar uma obra”, explica Kaisa. A partir desses fatos, os mosaicos foram escolhidos, pois não são montados pelo acaso, ao contrário, necessitam de diversos e complexos raciocínios matemáticos em suas criações.
Para alcançar o meio social e as problemáticas do ensino e aprendizagem da Geometria em sala de aula, a acadêmica permanece desenvolvendo seus estudos com o intuito de ampliar o campo de aplicação da oficina. O PET, utiliza a tríade ensino, pesquisa e extensão e impulsiona os estudantes a continuarem produzindo e realizando mudanças sociais, através da Matemática.
Texto: Evelyn da Costa Souza (estagiária do CPTL) e Gabriele Cássia (Monitora Integra UFMS).