Pesquisador investiga a avaliação psicológica em indivíduos com deficiência intelectual
O estudante de Psicologia do Campus de Paranaíba Cristian Júnior Donat realiza uma pesquisa bibliográfica para compreender os pressupostos que embasam a aplicação e os resultados da avaliação psicológica em indivíduos com deficiência. Os resultados parciais do estudo, que é vinculado ao Programa Institucional Voluntário de Iniciação Cientifica, são apresentados pelo estudante no Integra UFMS 2020.
A pesquisa foi intitulada “Psicologia Histórico-Cultural e Avaliação Psicológica em Indivíduos com Deficiência Intelectual”.
Cristian explica que o conceito e a definição de Deficiência Intelectual foram constantemente transformados, mas, historicamente, tem sido conhecida como uma doença do baixo desenvolvimento ou até mesmo do não desenvolvimento intelectual. “Atualmente temos três critérios que dão base ao diagnóstico de Deficiência Intelectual, o primeiro é o déficit no funcionamento intelectual, que precisa ser confirmado tanto por avaliação clínica, quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados. O segundo critério são déficits em funções adaptativas socioculturais em relação à independência pessoal e responsabilidade social, e prevê a necessidade de apoio para um funcionamento não limitado. O terceiro, define que o início dos déficits deve ocorrer dentro do período de desenvolvimento”, explica o estudante.
Entre os objetivos da pesquisa estão: uma revisão bibliográfica sobre o tema da avaliação da inteligência, e a definição dos pressupostos que embasam a sua aplicação e os seus resultados. “Além disso, também queremos realizar uma análise crítica sobre os processos de avaliação psicológica da inteligência tradicionais, baseados nos pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural”, diz Cristian.
Para o estudante, a relevância da pesquisa se dá “pela busca de compreender o ser humano e a deficiência de forma integral, sem reduzi-lo a naturalizações biologizantes ou mesmo psicologizantes, sem a fragmentação do ser, que muitas vezes os testes psicológicos entregam com seus resultados”.
Até o momento foi realizada a busca e seleção dos estudos que serão utilizados. “Foram encontradas 46 pesquisas, destas, 26 realizam avaliações de inteligência para diferentes objetivos, e 100% delas utilizava testes psicométricos para definir a inteligência. Esse resultado mostra claramente a hegemonia dos testes psicométricos na avaliação de inteligência”, conta Cristian.
O próximo passo é a análise desses resultados. Cristian explica que irá realizar a análise crítica a partir da Psicologia Histórico-Cultural, dando ênfase em uma via alternativa de avaliação por meio do método instrumental.
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Texto e imagem: Brunna Oliveira – Estagiária da Agecom no Cpar


