Profissionais da saúde e a necessidade de aprofundamento psiquiátrico em meio a pandemia da COVID-19

Postado por: GEANE BESERRA PEREIRA

Projeto oferece estudo preliminar sobre comorbidades psiquiátricas e o impacto do vírus COVID-19 no dia a dia de especialistas

O estudo realizado pela estudante de Medicina na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Alyssa Maria Fernandes Shimizu de 27 anos, orientada pela professora Ana Paula da Costa Marques, condiz com a atualidade brasileira pós-pandemia voltada aos peritos da saúde expostos a altos riscos e desafios. Com o intuito de compreender os danos causados à saúde mental dos mesmos, o projeto estabelece um nível de curiosidade de qualquer público.

Alyssa Maria baseou-se primeiramente nos dados secundários coletados entre maio de 2020 e janeiro de 2021, no advento da pandemia, para assim, dar continuidade com voluntários selecionados a partir do questionamento “Portador de alguma condição psiquiátrica? se sim, qual?”. A pesquisa contou com um formulário autoral da acadêmica com questões sociodemográficas e clínicas e com os questionários Impact of Event Scale (IES) adaptada e Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) traduzida. 

A universitária se interessou pelo assunto ao participar do projeto voluntário “Avaliação sistêmica integrada da Covid-19 em Mato Grosso do Sul: aspectos moleculares, epidemiológicos, clínicos, imunológicos e de vigilância” e pretende passar a análise adiante. Sua principal motivação é a necessidade da troca de informações e de estudos voltados à área psiquiátrica. “O autoconhecimento realmente ajuda. Ajuda no desenrolar. Quanto mais falarmos sobre, mais pessoas serão alcançadas e irão procurar ajuda”, afirma Alyssa.

Desta forma, com um total de 554 voluntários, Shimizu demonstrou surpresa ao chegar à conclusão de que apenas 8,12% dos profissionais de dois hospitais de Campo Grande (MS) já apresentavam comorbidades psiquiátricas. Apresentando aumento nos níveis de depressão e ansiedade, afetando principalmente pessoas do sexo feminino, a aluna ainda ressalta a importância do diagnóstico e na medicação. Logo, a educanda segue visando o desenvolvimento do trabalho e do restabelecimento dos dados positivos coletados antes da pandemia.

Texto e foto: Nathália Angelo Paschoarello – Repórter Júnior

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